domingo, 6 de junho de 2010

Regimes e consequencias para o organismo

Anorexia

























O que é?


Essencialmente é o comportamento persistente que uma pessoa apresenta em manter seu peso corporal abaixo dos níveis esperados para sua estatura, juntamente a uma percepção distorcida quanto ao seu próprio corpo, que leva a pessoa a ver-se como "gordo". Apesar das pessoas em volta notarem que o paciente está abaixo do peso, que está magro ou muito magro, o paciente insiste em negar, em emagrecer e perder mais peso.

O funcionamento mental de uma forma geral está preservado, exceto quanto a imagem que tem de si mesmo e o comportamento irracional de emagrecimento.

O paciente anorético costuma usar meios pouco usuais para emagrecer. Além da dieta é capaz de submeter-se a exercícios físicos intensos, induzir o vômito, jejuar, tomar diuréticos e usar laxantes.

Aos olhos de quem não conhece o problema é estranho como alguém "normal" pode considerar-se acima do peso estando muito abaixo. Não há explicação para o fenômeno mas deve ser levado muito a sério pois 10% dos casos que requerem internação para tratamento (em hospital geral) morrem por inanição, suicídio ou desequilíbrio dos componentes sanguíneos.

Características físicas:
Os pacientes geralmente chegam ao médico quando a perda de peso se torna aparente, o peso cai assustadoramente. Anoréxicas com 42 kg são consideradas de peso bom. Freqüentemente o peso chega a 36, 32, 28 kg ou menos.

A medida que a perda ponderal se aprofunda aparecem sinais físicos como hipotermia (temperatura abaixo de 35 C), edema (inchaço), bradicardia (coração bate mais lentamente), hipotensão (pressão arterial abaixo do normal), lanugo (pelos finos que recobrem a pele do rosto e outras partes do corpo), pele seca, intolerância ao frio, queda de cabelo, olhos fundos, envelhecimento precoce e outras alterações metabólicas.

Algumas pacientes chegam a atenção médica por causa da amenorréia que freqüentemente aparece antes de sua perda de peso ser perceptível.

Outras complicações médicas desse transtorno alimentar serão citadas logo abaixo:

Relacionadas a perda de peso:

Caquexia:
Perda de gordura, massa muscular, metabolismo tireoídeo reduzido, dificuldades para manter a temperatura corporal básica.

Cardíaca: Perda do músculo cardíaco, coração pequeno, arritmia cardíaca, parada cardíaca.

Digestivos gastrintestinais: Inchação, constipação (queixas de intestino preso), dor abdominal .

Reprodutivas: Baixos níveis de hormônios luteinizante (LH) e hormônio folículo- estimulante (FSH).

Hematológicas: leucopenia (diminuição do número de leucócitos: diminuição da defesa do organismo a infecções).

Neuropsiquiátricas: Sentid
o de paladar anormal

Esqueléticas: Osteoporose (Conseqüência do baixo consumo e absorção de cálcio).

Endócrinas: Hipotireoidismo

Relacionadas a purgação (vômitos e uso de laxantes) Digestivas- gastrintestinais:
Inflamação e aumento das glândulas salivares e pancreáticas e aumento da amilase sérica, erosão esofágica e gástrica.

Dentárias: Erosão do esmalte dentário

Neuropsiquiátricas: Convulsões, fadiga e fraqueza.

Características psicológicas: Surgimento da doença dá-se entre os 13 e 20 anos. Meninas inteligentes, bonitas, perfeccionistas e espertas.

Existe uma preocupação em comer em público. Enquanto fazem uma refeição tentam livrar-se do alimento colocando-o no guardanapo ou escondendo-o nos bolsos.
Cortam a carne em pedaços muito pequenos e levam muito tempo mexendo com a comida no prato.

-Sentimento de inutilidade.

-Pensamento inflexível.

-Isolamento social (até mesmo namoro).

-Expressão emocional demasiadamente refreadas.

-Sua auto- estima está associada ao grau de sua forma e peso corporai.

-A perda de peso é vista como uma conquista, é um sinal de auto- disciplina.

-E o ganho de peso é visto como um fracasso.

Os indivíduos com estes transtornos até reconhecem que estão magros, mas negam as implicações de seu estado de desnutrição, ou até mesmo a morte.

A indução de vômitos, onde uma simples escova de dentes ou cabo de uma colher se tornam ótimos instrumentos para induzir o vômito (se não vomitarem se sentem sujas).

Abuso de laxantes e diuréticos que conduzem ao mórbido emagrecimento desejado.

-Irritabilidade (pouco conversam)

-Agressividade

-Choro

Adoram cozinhar e servir comida para os outros, mas elas mesmas fazem exercícios físicos exageradamente

Acham que o tratamento é totalmente desnecessário

Transtornos mentais associados:

Transtornos depressivos tais como: humor deprimido, retraimento social, irritabilidade, insônia entre outros. Esses pacientes podem ter um quadro clínico e sintomático que satisfaz os critérios para um transtorno depressivo maior. Estes sintomas de perturbação de humor deve portanto ser reavaliados após uma reavaliação completa ou parcial do peso.A depressão também é muito freqüente entre indivíduos com AN.

Transtornos Obsessivos Compulsivos: Pessoas com TOC sente-se aprisionadas por pensamentos e comportamentos que se repetem e que o próprio indivíduo considera absurdos, desagradáveis e impossíveis de fazer cessar.Quando os indivíduos com AN apresentam obsessões e compulsões não relacionadas a alimentos, forma corporal ou peso, podem haver um diagnóstico conjunto e concomitante de transtornos obsessivo compulsivo que são relacionados quando não são relacionados com comida.

Bulimia











O que é a bulimia?

É o transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de "orgias alimentares", no qual o paciente come num curto espaço de tempo grande quantidade de alimento como se estivesse com muita fome. O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios como medicações, com a finalidade de não ganhar peso.


Generalidades

Existe uma tendência popular em achar que a bulimia é o contrário da anorexia. A rigor o contrário da anorexia seria o paciente achar que está muito magro e precisa engordar, vai ganhando peso, tornando-se obeso e continua a julgar-se magro e continua comendo. Isso seria o oposto da anorexia, mas tal quadro psiquiátrico não existe. Na bulimia o paciente não quer engordar, mas não consegue conter o impulso para comer por mais do que alguns dias.


O paciente com bulimia tipicamente não é obeso porque usa recursos extremos para eliminar o excesso ingerido. Enquanto a comunidade psiquiátrica mundial não reconhecer o binge com o uma patologia à parte seremos obrigados a admitir que há 2 tipos de pacientes com bulimia: os que tentam eliminar o excesso ingerido por vômitos ou laxantes e os pacientes bulímicos que não fazem isso e acabam engordando, esse segundo tipo pode vir a constituir num outro transtorno alimentar, o Binge.


Os pacientes com bulimia geralmente apresentam 2 a 3 episódios por semana, o que não significa que no resto do tempo esteja bem. Na verdade esses episódios só não são diários ou mesmo mais de uma vez ao dia porque o paciente está constantemente lutando contra eles. Esses pacientes pensam em comer o tempo todo. A média de fracassos na tentativa de conter o impulso são duas vezes por semana.


Como é o bulímico?

Basicamente é um paciente com vergonha de seu problema, com sentimento de inferioridade e auto-estima baixa. O paciente reconhece o absurdo de seu comportamento, mas por não conseguir controlá-lo sente-se inferiorizado, incapaz de conter a si mesmo, por isso vê a si como uma pessoa desprezível. Procura esconder dos outros seus problemas para não o desprezarem também.


Quando existe um bom motivo como ganhar muito dinheiro o paciente pode até sujeitar-se a expor seu problema, como vimos no programa Big Brother prime ira edição de 2002 na TV Globo. Os pacientes bulímicos geralmente estão dentro do seu peso ou um pouco acima. Tentativas de dieta estão sempre sendo realizadas. Tentativas de adaptar os afazeres e compromissos rotineiros com os episódios de ingestão e auto-indução de vômito tornam seu estilo de vida bizarro, pois os episódios devem ser feitos às escondidas, mesmo das pessoas íntimas.


Uma alternativa para a manutenção de seu problema escondido é a opção pelo isolamento e distanciamento social, que por sua vez gera outros problemas. Assim como a anorexia a Bumilia geralmente ocorre no adolescente, predominantemente nas mulheres. Os assuntos das conversas preferidos são relacionados a técnicas de emagrecimento. É comum o comportamento de esconder alimentos para futuros episódios.


É interessante notar que a bulimia não constitui uma completa perda do controle. O paciente consegue planejar seus episódios, esperar para ficar sozinho e guardar alimentos, por exemplo. Essa incapacidade parcial é intrigante para os leigos. Muitas vezes os maridos das pacientes julgam que a paciente faz tudo porque qu er e critica a esposa aumenta ndo sua culpa. Essa atitude deve ser evitada, pois além de não ajudar, atrapalha diminuindo ainda mais a auto-estima da paciente que sucumbe aos esforços por tratar-se. A bulimia muitas vezes sucede aos episódios de anorexia.

Tratamento

Os antidepressivos tricíclicos já foram testados e apresentaram respostas parciais, ou seja, os pacientes melhoram, mas não se recuperam completamente. Carbamazepina e lítio também foram testados com uma resposta ainda mais fraca. Os antidepressivos IMAO também apresentam uma melhora similar a dos tricíclicos, porém melhor tolerado pelos pacientes por terem menos efeitos colaterais. Mais recentemente os antidepressiv os inibidores da recaptação da serotonina vêem sendo estudados com boas respostas, mas não muito superiores às dos tricíclicos.


Os estimulantes por inibirem o apetite também apresentaram bons resultados, mas há poucos estudos a respeito para se embasar uma conduta terapêutica.

Muitos pacientes só com psicoterapias apresentam remissão comple ta. Não há uma abordagem especialmente recomendada. Pode-se indicar a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, terapias de grupo, grupos de auto-ajuda, psicote rapias individuais.


Problemas Clínicos


Os repetidos episódios de auto-indução do vômito geram problemas noutros sistemas do corpo. Ao se vomitar não se perde apenas o que se comeu, mas os sucos digestivos também. Isso pode acarretar desequilíbrio no balanço dos eletrólitos no sangue, afetando o coração, por exemplo, que precisa de um nível adequando dessas substâncias para ter seu sistema de condução elétrica funcionante. As repetidas passagem do conteúdo gástrico (que é muito ácido) pelo esôfago acabam por ferí-lo podendo provocar sangramentos.


Casos extremos de rompimento do estômago devido ao excesso ingerido com muita rapidez já foram descritos várias vezes. O intestino grosso pode sofrer conseqüências pelo uso re petido de laxantes como constipação crônica, hemorróidas, mal estar abdomina l ou dores.

Diéta anormal















Dieta do DNA

Com a evolução da ciência e os estudos sobre o genoma humano, podemos a cada dia saber mais informações sobre o nosso DNA, inclusive como cada gene responde a cada nutriente, e quais são os melhores para o nosso organismo.

Com isso, os especialistas afirmaram que pode-se criar uma dieta única e diferente para cada individuo, dependendo de um exame de DNA. Isso é uma revolução na ciência e também na área dos regimes e dietas.

Pois então a dieta funciona assim, primeiramente você precisa descobrir o seu DNA e os seus genes. Dependendo de cada organismo é uma dieta diferente. Por isso ocorre o fato de algumas pessoas conseguirem emagrecer com uma dieta e outras não.

Deve-se tomar muito cuidado com isso, pois a exposição dos genes à alguns tipos de elementos químicos, podem causar mutações que levam a sérias doenças, como o câncer, distúrbios de crescimento, entre outras.



Doença Celíaca














O que é ?

É uma doença do intestino delgado, com maior ou menor atrofia das vilosidades da mucosa, causando prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.

As vilosidades são ondulações ou dobras microscópicas da camada que acarpeta internamente o intestino delgado (mucosa), que servem para aumentar a superfície de absorção e para sediar células com funções especializadas na digestão.

Quando a mucosa sofre agressões de tipos variados, ocorre um achatamento das dobras e uma diminuição da digestão e da absorção, resultando em diarréia crônica e suas repercussões: emagrecimento, distensão abdominal, inchaço das pernas e outros sinais de desnutrição protéico-calórica. Poderão acontecer deficiências no desenvolvimento da criança e mau estado de saúde geral no adulto.

Na Europa, a doença pelo glúten pode ocorrer em uma de cada 300 pessoas; nos EUA é mais freqüente nos brancos que nos negros; dez por cento dos parentes de primeiro grau podem apresentar a mesma dificuldade.

Como se desenvolve ?

Se a doença começa após a introdução de certos cereais - aveia, cevada, centeio ou trigo - na alimentação da criança, o assunto será da alçada pediátrica.

O diagnóstico tem sido feito entre os adultos com diarréia há mais de três ou quatro semanas. Aceita-se que a doença pode permanecer latente ou com sintomas mínimos e ocasionais durante longos períodos da vida.

Os cereais que contêm glúten têm gliadina - uma fração protéica - que é a responsável pelo dano na mucosa intestinal. As causas, entre outras em estudo, poderiam ser: predisposição genética, falta de enzima digestiva e formação de anticorpos.

O que se sente ?

Diarréia é a evidência mais freqüente, ainda que não necessariamente a primeira.

São queixas ou constatações:

fezes fétidas, claras, volumosas, sobrenadantes, com ou sem gotas de gordura;
distensão abdominal por gases, cólicas, náuseas e vômitos;
dificuldade de adquirir peso e facilidade para perdê-lo;
baixa estatura;
fraqueza geral;
modificação do humor, dificuldade para um sono reparador;
alterações na pele;
fraqueza das unhas, queda de pêlos;
anemia por deficiente absorção do ferro e da Vitamina B 12;
alterações do ciclo menstrual;
diminuição da fertilidade;
inchaço dos membros inferiores;
osteoporose.

É interessante a observação de que sintomas da infância podem desaparecer na adolescência, para reaparecer na maturidade ou mesmo na velhice.

Como o médico faz o diagnóstico ?

Quando a história clínica é rica, a hipótese de Doença Celíaca surge naturalmente, permitindo, em certos ambientes, testar o diagnóstico usando, por três meses, uma dieta isenta de glúten. Se os sintomas melhorarem com a suspensão e piorarem com a re-introdução do glúten na alimentação, tem-se uma confirmação diagnóstica. Uma escalada de exames de sangue, urina, fezes e de imagem, poderá ser necessária rumo ao diagnóstico.

A verificação de gorduras não digeridas nas fezes significa, principalmente, que há uma dificuldade na sua absorção pela mucosa ou uma insuficiente produção de enzimas pancreáticas. O chamado Teste de Absorção da Xilose, quando alterado, sugere lesão da mucosa do intestino delgado, portanto, dificuldade de absorção.

O estudo radiológico do intestino delgado com ingestão de contraste baritado sugere o diagnóstico quando mostra um intestino dilatado com pregas mucosas espessadas e alisadas contendo bário floculado e disperso.

O exame microscópico do material colhido pela biópsia endoscópica da mucosa do jejuno, quando demonstra o achatamento das vilosidades, faz o diagnóstico de Doença Celíaca.

A franca positividade sanguínea dos Anticorpos Anti-Gliadina e Anti-Transglutaminase Tecidual (tTG), tem valor diagnóstico equivalente ao da biópsia e podem ser obtidos em nosso meio. O Anticorpo Anti-Endomísio, muito importante até há pouco tempo, foi substituído, com vantagem, pelo Anti-tTG.

O diagnóstico diferencial deve ser feito com Doença de Crohn, Supercrescimento Bactérico, Gastroenterite Eosinofílica, Espru Tropical, Linfoma do Intestino Delgado, Intolerância à Lactose e Síndrome de Zollinger-Ellison.

Há a possibilidade de encontrarmos uma associação com: Dermatite Herpetiforme, Diabete Insulino-Dependente, Retocolite Ulcerativa, Tireoidite Auto-Imune, Colangite Esclerosante, Síndrome de Sjöegren, Cirrose Biliar Primária.

Como se trata?

Pela não utilização permanente do Glúten na alimentação e pela reposição de tudo que se saiba poder estar deficiente; a ajuda de Nutricionista está indicada.

Eventualmente, está indicado o uso de "pancreatina" e de corticosteróide, bem como de ciclosporina - um imuno-supressor - mais para alcançar o controle de fase diarréica intensa.

Como se previne?

Exceto por não comer alimento que contenha glúten, não se conhece prevenção.



Bibliografia

http://utilidadespublicas.files.wordpress.com/2009/03/anorexia1mc3.jpg

http://www.psicosite.com.br/tra/ali/anorexia.htm

http://www.brasilescola.com/psicologia/a-anorexia.htm

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http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?148




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